Crónicas em forma de sermões, uns patriotas outros não, tapem os ouvidos se quiserem mas abram os olhos para o Sermão!

segunda-feira, junho 12, 2017

As cartas não mentem!

Será?
Será que foi desta ideia que vieram os tarots?
Fomos invadidos internacionalmente por tarólogos. Isto é um curso? Um curso de cartas ou de percepção extra-sensorial? Mas se alguém tiver a capacidade de saber ou adivinhar coisas não precisaria de cartas certo?
Será que se eu criar um baralho de tarot com desenhos meus também funciona?

Tantas perguntas... Mas há uma pergunta maior... Mais difícil talvez... Porque é que as pessoas acreditam que podem saber o futuro delas num naipe de cartas???? Isto é que eu gostava de explorar!

Se hoje eu abrisse um consultório de tarologia tenho a certeza que amanhã teria gente a bater à porta. Com algumas perguntas às pessoas e análise das expressões faciais e sentimentais não seria difícil chegar lá. É realmente excelente como emprego, sentada todo o dia, a jogar às cartas e a ganhar dinheiro. Se fosse online então é que era! Este deve ser o emprego mais bem pago, há centenas de anos!!

No outro dia vi um vídeo daqueles de lapsos e com uma taróloga daquelas bem conhecidas da tv. O homem queria saber se a filha ía ser feliz e a mulher responde que a filha estava completamente apaixonada por um homem, e nisto ouvimos o senhor muito confuso, porquê? Porque a filha do homem tinha 2 anos! Vejam lá a calinada da taróloga que tentou logo resolver o problema dizendo "Se calhar está apaixonada pelo pai".

Mas a minha pergunta mantém-se. Não vou questionar como lêem o futuro nas cartas, porque isso é inquestionável. Não porque não tenha resposta mas simplesmente porque não lêem! Não é possível!

Acham que o baralho de cartas se mistura pela força energética da pessoa que quer as respostas? Se assim fosse como chegaria a energia que emana da pessoa quando fazem a consulta por telefone a quilómetros de distância por exemplo, ou na internet... Por alguma razão aparecem sempre as formas de pagamento antes das consultas.

Há momentos desesperados na vida de todos. Mas se precisam de se agarrar a alguma coisa então agarrem-se à vossa fé, acreditem na vossa força. Não se deixem enganar por esses charlatões oportunistas que dariam uns excelentes ministros da economia ou das finanças, a roubar, de certeza, isso sim...
Se precisam de respostas procurem-nas em vocês, sentem-se, fechem os olhos e meditem, pensem, ao sol, perto do mar, num sítio importante para vocês. Não dêem dinheiro a essas pessoas.

Qualquer dia teremos pessoas a adivinhar o futuro das outras a arrancar pétalas de flores, a contar folhas das árvores, através das ondas do mar, que mais se pode inventar? Já se faz com paus e com pedras, material barato, ou melhor, gratuito para ganhar balúrdios às custas das pessoas que precisam de acreditar nalguma coisa.

Lembrem-se de todas as pessoas que vão a tarólogos porque estão no desemprego desesperados sem dinheiro para pagar a casa, a comida, a luz, sem dinheiro para dar umas bolachas aos filhos e na ingenuidade vão perguntar a um tarólogo se vão voltar a ter emprego, ou o que devem fazer para terem um emprego. Quantos tarólogos recusariam o pagamento da consulta destas pessoas? Quantos tarólogos diriam a estas pessoas "Poupe o dinheiro, pegue no dinheiro que me ía pagar e compre um pacote de leite para os seus filhos". Quantos? Estas pessoas são charlatãs e por isso nunca fariam isso porque estão ali para ganhar desonestamente à custa da ingenuidade dos outros, nem que para isso lhes tirem o chão, a comida e a dignidade.

As cartas não mentem! (dizem eles) Pois as cartas não têm atributos humanos por isso não mentem. Mas quem mente então? Os tradutores das cartas claro! Os tarólogos e mais os que houver que lêm tudo e mais alguma coisa que encontrem no chão ou no ar.
 
Se há bruxas são estas sem dúvidas, bruxas do século XXI! Qual vassoura, qual caldeirão? Cartas, pedras, paus e tudo o que lhes trouxer dinheirinho. Esta era uma caça condigna, eu concordava que acabassem estas mentiras. Será que passam recibos e descontam como nós? Disso as "cartas" não querem saber!


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